Cônsul diz que missão de resgate no Japão não localizou 15 brasileiros







A missão que nesta quarta-feira (16) resgatou 26 brasileiros, quatro japoneses, seis bengaleses e um nepalês de áreas afetadas pelo terremoto e tsunami no Japão deve voltar para as regiões de Sendai e Fukushima para buscar cerca de 15 brasileiros que não puderam ser trazidos ou localizados, informaram ao G1 o consul brasileiro no Japão, Antonio Carlos Coelho da Rocha,  e o empresário que comandou a operação, Walter Saito.


O consulado informou que ainda há brasileiros na região, mas não sabe informar se algum dos 15 já deixou o local por conta própria. Saito declarou que não sabe se comandaria uma nova operação nesta semana, a pedido do consulado, para buscar os brasileiros que ficaram.


Nesta quarta, dois ônibus com 28 lugares, um caminhão com mantimentos e um carro de apoio retornaram de Sendai, Fukushima e Koriyama com 37 pessoas, sendo 26 brasileiros. Após quase 24 horas de viagem, eles chegaram a Kamisato, na região de Tóquio.


Segundo Saito, a maioria dos resgatados foi embora com a família para outras regiões do Japão, e nove estão hospedados em apartamentos na cidade, pagos pelo consulado. Ainda não há uma data marcada para a nova operação, segundo o cônsul.


O terremoto de magnitude 9 abalou o Japão na última sexta-feira, seguido por um tsunami que atingiu a costa nordeste. O número de mortos é 3.373, mas deve aumentar, com os ao menos 6.000 desaparecidos tendo cada vez menos chances de serem encontrados.


Lúcia Tieko Ogura Sato, de 27 anos, e a filha Nanami Sato, de 7 mese, está aliviada por deixar Fukushima. (Foto: Walter Saito / Divulgação)Lúcia Tieko Ogura Sato, de 27 anos, e a filha Nanami Sato, de 7 meses, está aliviada por deixar Fukushima. (Foto: Walter Saito / Divulgação)


Saito disse que os brasileiros estão assustados e com muito medo que um colapso nuclear, a partir da usina de Fukushima, contamine a todos. “Alguns já me falaram que vão deixar o Japão”, afirmou o empresário.


Ele próprio admitiu receio da crise atômica que ameaça o Japão. Apesar disso, topou a missão em território devastado. “Claro que tenho muito medo de contaminação radioativa. Cheguei até a estocar alimento em casa. Mas pensei duas vezes e aceitei essa missão, porque as pessoas contavam com a gente. Pensei nas crianças que precisavam de ajuda e decidi dar a minha contribuição”, disse.
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